O início oficial da primavera nesta terça-feira (22) marca um período de transição importante para a região Sul do país. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a estação traz o retorno gradual das chuvas, com volumes próximos à média histórica. Essa mudança climática representa um alívio após o período mais seco e permite ajustes no planejamento agrícola e no mercado regional.
As precipitações previstas favorecem o estabelecimento das culturas de verão, como soja e milho, além de reduzir os custos com irrigação em áreas que enfrentaram estiagens recentes. No entanto, o excesso de umidade exige cautela, pois pode aumentar a incidência de doenças fúngicas, especialmente em lavouras de trigo em fase de florescimento. A variabilidade climática, associada a fenômenos como o La Niña, reforça a necessidade de monitoramento constante e de estratégias de mitigação por parte dos produtores.
No campo econômico, o cenário oferece tanto oportunidades quanto desafios. Entre os aspectos positivos estão melhores condições de solo para o plantio, menor risco de falhas no desenvolvimento das plantas e maior potencial produtivo caso o regime de chuvas se mantenha regular. Por outro lado, a umidade elevada gera custos adicionais com fungicidas e práticas de manejo, além de aumentar a exposição a eventos climáticos extremos, como chuvas intensas e ventos fortes. Nesse contexto, tornam-se essenciais investimentos em tecnologias de monitoramento climático, no uso de cultivares adaptadas e na melhoria da infraestrutura de armazenamento, bem como planejamento financeiro para lidar com possíveis variações nos custos de insumos e defensivos.
A primavera, portanto, representa uma oportunidade estratégica para o setor agropecuário dessa região. A Coamig atua diretamente nesse cenário, oferecendo assistência técnica aos cooperados, promovendo parcerias com instituições de pesquisa e implementando soluções inovadoras que contribuem para a produtividade e sustentabilidade das lavouras na safra 2025/26.