Com a chegada da safra de milho e soja 2025/2026, os agricultores intensificam os preparativos para o plantio. Nesse momento, além da escolha de sementes e do manejo do solo, a regulagem correta das semeadoras se torna decisiva para o sucesso da lavoura. Estudos apontam que pequenos erros no processo de semeadura podem resultar em perdas significativas, tanto em produtividade quanto em rentabilidade. Pensando nisso, reunimos três principais erros que devem ser evitados no campo.
1. Discos e anéis incorretos
A escolha de discos e anéis adequados é o primeiro cuidado essencial. Quando utilizados de forma incorreta ou sem regulagem adequada, esses componentes podem causar falhas ou deposição dupla de sementes, prejudicando a uniformidade da lavoura. A desuniformidade faz com que algumas plantas se desenvolvam em vantagem competitiva sobre outras, comprometendo o rendimento final. Um estudo publicado pela Revista Cultivar ilustra o impacto: considerando uma média de 60 mil sementes por hectare, uma falha a cada 2,5 metros pode gerar prejuízos de até R$ 388,89 por hectare. A forma correta é sempre ver as orientações na embalagem do produto disponível
2. Profundidade inadequada
A profundidade de deposição das sementes é determinante para a germinação e a emergência das plântulas. Quando colocadas muito superficialmente, há maior risco de ressecamento, sobretudo em períodos de calor ou baixa umidade. Já em profundidades excessivas, a emergência é mais lenta e as plantas se desenvolvem com menos vigor. Pesquisas mostram que esse ajuste precisa ser preciso: no feijão, a profundidade de 4,5 centímetros garantiu melhor eficiência de emergência e produtividade em comparação a 3 ou 6 centímetros. Em experimentos com milho, desvios na profundidade resultaram em perdas de até 6,9% na produtividade. Além disso, quando a emergência ocorre de forma desuniforme, com atraso de dois estágios foliares em relação às plantas vizinhas, a produtividade individual pode ser até 47% menor.
3. População de sementes por metro quadrado
A densidade de semeadura é outro ponto crítico. Taxas muito elevadas aumentam a competição por água, luz e nutrientes, enquanto populações baixas deixam falhas no campo e desperdiçam potencial produtivo. A recomendação é calibrar a população conforme a variedade utilizada e as condições de solo e clima. Em determinados cenários, inclusive, reduções estratégicas na taxa de semeadura podem favorecer o desempenho individual das plantas, permitindo que expressem melhor seu potencial genético.
Esses três fatores demonstram como a eficiência da semeadura depende de atenção aos detalhes. Mais do que um ajuste mecânico, trata-se de uma etapa estratégica que define o futuro da safra. Garantir a regulagem correta do maquinário e seguir as recomendações técnicas não apenas evita prejuízos, como potencializa o retorno do investimento.
Com práticas bem executadas e essas dicas bem seguidas, os agricultores têm em mãos a oportunidade de transformar o potencial produtivo da lavoura em resultados concretos na colheita. Para mais informações, entre em contato com a equipe técnica através do contato (42) 3623-4012.